Daniela W. B. - Textos e Poesias
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Fim do infinito
O corpo é a casca
que esconde a complexidade da essência
Agora
Vejo o irrealismo
a ilusão
o inimaginável
que é te entender
Ser de consciência infinita
existência incompreendida
inteligência surreal
Tu és gênio
Tu és amado em demasia
Tu és mágico do complexo
que preenche o infinito
Entendê-lo irei
assim que atingir o limite do universo
e libertar todos os escravos do mundo
Gênio complexo e indomável
Farsa existencial
Meu sapato não é de cristal
Minha roupa não é de seda
Sou uma farsa
uma farsa existencial
Finjo ser
E por não ser o que finjo
Sou uma farsa
uma farsa existencial
Acordo todos os dias
e sei que vou fingir mais uma vez
Fingir que sou feliz
que sou honesta
que sou inteligente
que sou amada
que sou real
Sou uma farsa
uma farsa existencial
Figura da noite
Da tua boca sai o som mais lindo
E do teu corpo o cheiro mais perfeito
Tua forma sensual
abala meus sentidos
Figura da noite!
Leve-me contigo
Não irei resistir
aos teus chamados convidativos
ou as tuas investidas profundas
Relaxo
pois sei que serei a mulher mais feliz
e o ser mais completo
dessa Terra infernal
Toquei-te
E após tal contato
Minha existência entendeu sua missão
Te servir, meu Lorde!
Sou tua
faça o que quiser com meu corpo
pois minha alma já pertence a ti
Corro
Sou covarde
Tenho medo da vida
Se cair
Não conseguirei levantar
Por isso
Corro
Corro para afastar tudo que me leve a você
Corro para longe
Pois
Tu és fagulha do paraíso
Me faz querer viver
Mas sei que se cair
Não conseguirei levantar
Por isso
corro
Corro para longe de ti
e para longe de todas as suas perfeições
Existência atormentada
pelos teus olhos brilhantes
convidativos
Por isso
corro
A Viagem
Eu viajo
O barco é velho
pequeno
Estou sozinha
solitária
Mas eu continuo indo em direção ao mar
porque o que procuro ainda não encontrei
A água é cristalina
Tão bonita!
O céu tão azul
Eu vejo tudo
todas as pessoas
Mas o meu ser ainda esta incompleto
sem sentido
Apenas existo
E naquele barco
Percorro os oceanos
Em busca da completude
Em meio a tanta beleza
Minha alma ainda continua pálida
E minha vida
pacata
Então
Permaneço no barco
Procurando o caminho certo
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Mundo onírico
Eu enterro os meus sonhos
no vazio
pois sei que eles não se realizarão
Eu choro
enquanto o destino
destruidor das esperanças
ri da minha desgraça
Eternidade cruel
Mais fétida que a melena dos outros
e mais negra que os olhos do universo sem luz
Eu choro
pois sei que você não se importa
com a frequência dos meus pesadelos
ou com a beleza dos meus sonhos
Mesmo em estado onírico
eu vejo a sua imagem
Que tormento sem fim!
Não posso mais continuar
A esperança deve ser exterminada
Esquecei-vos
Todos vocês que me fazem perder a concentração nos feitos mais comuns
Inclusive você
Ser pensante
cuja estranheza invade meus sonhos
e meus pesadelos
Chernobyl
Eu quero te amar
Mas algo me impede
Jesus
Judas
Em quem confiar?
Amor é loucura infinita
Devo entrar?
Bato na porta e ninguém responde
O lobo mau já comeu a vovózinha,
não pode largar a refeição
para abrir a porta
Onde conseguir a resposta?
Amar?
Ou não amar?
Gostar, adorar, admirar já fazem parte do cardápio
Quero batatas assadas
Enquanto eu, ser pensante, encaro a pergunta substancial
Amar?
Ou não amar?
Você vale tudo isso?
Ou é apenas outro ele
que me decepciona e vai embora
embora para Chernobyl
terra dos alucinados
Assinar:
Postagens (Atom)